segunda-feira, 5 de março de 2012

Flamboyant


Por Angelo Lago

O prazer da Gula lança um desafio, lança não, se joga numa aventura e resolve desvendar o que ha de interessante e saboroso por trás da gastronomia da paradisíaca Fernando de Noronha, Lugar que está incluso no livro, 1000 lugares para conhecer antes de morrer, de Patrícia Shutz , dispensa apresentações e é claro, um pedacinho de terra perdido no oceano atlântico. Tem seus mistérios e surpresas que o prazer da gula tem a honra de desvendar. Cores, Sabores, Texturas e Barriga cheia, vamos andar por cada cantinho, da rata a sapata, em busca do que existe de melhor na comida Noronhense e mensalmente iremos expor aqui, pra você, o esboço de cada restaurante que torna essa Ilha além de bonita, saborosa. Mas dessa vez vamos fazer um pouco diferente, não vamos revelar que estamos ali pra isso, não vamos “papiar” com o chef da cozinha e nem com o dono do restaurante, queremos ser tratados como qualquer cliente, vamos sentar, comer, pagar e ir embora.

E pra começar  2012 nada de ir pra norte ou sul, fomos para o centro da ilha, a Vila dos Remédios, dita como a “capital” de Fernando de Noronha, essa Vila além de possuir uma rica historia com sua igreja centenária e o um Forte que conta um pedaço da luta brasileira, tem sua vida noturna bastante agitada com bares, lanchonetes, pizzarias e principalmente restaurantes e foi num deles que O prazer da Gula visitou. O Flamboyant, a escolha desse restaurante como nosso primeiro passo foi bastante feliz, pois se trata de um dos restaurantes mais conhecidos da ilha. Por se localizar bem no centro, o Flamboyant tem uma grande vantagem dos demais restaurantes da ilha, o Flamboytant é praticamente ao ar livre, apenas com um teto rusticamente decorado, a casa não tem paredes, nada divide os olhares de quem está de fora das coisas que acontecem dentro, não existem mistérios no Flamboyant. Com um cardápio simples, a casa busca um equilíbrio dos sabores de forma decisiva, sem rodeios, o menu vai de Spaguette a Moquecas, de Carne de Sol ao Filé a parmegiana. E foi justamente esse último que decidimos nos aventurar. Por ser um cardápio bastante comum, o desafio era buscar a combinação dos ingredientes, a textura do prato e sua apresentação.
Antes que o prato chegasse na mesa, pedidos uma cerveja Long Neck pra esperar e podemos observar dois pontos importantes. A primeira foi que essa cerveja estava geladíssima, perfeita e da mesma qualidade que estava a cerveja estava o atendimento dos garçons, a movimentação da equipe do salão e o sorriso no rosto retratava o prazer de servir e chama atenção de quem está sendo extremamente bem tratato. E foi isso que aconteceu, fomos bem tratados do começo ao fim. Mas voltando ao menu, estávamos na expectativa do que vinha da cozinha, será que o desempenho da cozinha será igual ou melhor do que o do salão?Não demorou muito e podemos tirar essa duvida. O prato chegou, com uma apresentação bastante simples, mas que enche os olhos de que vê e principalmente de que ta com fome, pois vem muita coisa, nada de exagero, até porque raspamos o prato. Estava uma delicia, tudo combinava, o molho de tomate estava bem feito e abraçou bem a idéia do filé e a massa estava soltinha. Logo depois fomos direto pras sobremesas, assim como o menu principal, o cardápio das sobremesas também era simples, então não tivemos duvidas, pit gateau na cabeça. Encontramos tudo que esperávamos do bolinho americano bem famoso. Textura, sabor e principalmente o contraste do quente com o gelado, do bolo com o sorvete, perfeito. Foi uma saidera que nos deixou com um gostinho de “Volte Sempre”.

Foi uma experiência perfeita, ficamos muito felizes, pois havíamos começado nossa aventura com o pé direito, isso nos deixou bastante animados para o que vinha pela frente. Fernando de Noronha estava definitivamente aberta agora era só partir pra segunda etapa. 

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